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Crédito consolidado – Juntar todos os créditos num sóCrédito consolidado – Juntar todos os créditos num só

Crédito consolidado – Juntar todos os créditos num só

Crédito consolidado – Juntar todos os créditos num só

Ao reunir numa só mensalidade todos os seus créditos, com uma taxa fixa até ao fim do contrato, o crédito consolidado é uma opção com inúmeras vantagens que deve ter em consideração.

Se tem mais do que um crédito, a possibilidade de reunir todos os seus créditos numa única mensalidade e pagar menos, em alguns casos até menos 60%, é uma solução interessante a ponderar. Especialmente em caso de perdas de rendimento inesperadas, como aconteceu com os lay-offs durante a pandemia, desemprego, acidente ou doença prolongada, por exemplo, alturas em que podem surgir dificuldades em pagar as diferentes prestações dos créditos.

Trata-se de uma opção ideal para quem possui empréstimos pessoais e cartões de crédito e queira simplificar os seus créditos – do crédito à habitação e do carro e/ou montante em dívida do cartão de crédito e, assim, simultaneamente poupar – e para pessoas sobre-endividadas ou em risco de sobre-endividamento, que desta forma conseguem alguma folga financeira.

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Vantagens do crédito consolidado

É muito prático porque inclui todos os créditos pessoais, cartões de crédito e linhas de crédito em seu nome, com um único prazo de reembolso, permitindo-lhe sempre saber com o que contar por períodos alargados que podem ir até aos 84 meses ou mais.

Ao optar por um crédito consolidado, são abatidos todos os créditos que tiver no momento, sendo criado um único com uma mensalidade mais competitiva e mais baixa. E, para não haver surpresas, a taxa é fixa até ao fim do contrato, pelo que pagará sempre o mesmo, exceto se optar por amortizar a dívida a dada altura.

Em muitos casos, a taxa de juro efetiva dos empréstimos desce significativamente.

Ao consolidar o crédito vai também ver reduzidas as despesas com custos burocráticos, nomeadamente no que se refere às comissões, já que serão também menos as contas extras.

A consolidação de crédito pode também revelar-se vantajosa para as famílias que, devido ao fim das moratórias privadas da Associação Portuguesa de Bancos, viram aumentados os encargos mensais. Optando por esta modalidade, poderão continuar a fazer face às despesas sem sobrecarregar o orçamento.

  • Poupança mensal: consolidar o seu crédito permite-lhe reduzir o anterior total de mensalidades, em algumas situações até 60%, concentrando-as numa só, mais baixa. Isto garante-lhe alguma folga financeira mensal, que poderá utilizar para aumentar poupanças, num fundo de emergência ou aplicar num novo projeto;
  • Maior comodidade: passa a ter apenas uma mensalidade, a uma única entidade credora, numa data fixa, sabendo sempre com o que contar. Também não precisa de mudar de instituição bancária;
  • Taxa fixa: desta forma não terá surpresas até ao fim do contrato;
  • Juros aliciantes: a taxa de juro final do crédito consolidado é geralmente mais baixa do que a média de todos os créditos, pelo que no total ficará a pagar menos;
  • Máxima rapidez e simplicidade: a aprovação é um processo rápido e simples para quem solicita a consolidação dos seus créditos;
  • Acesso a mais financiamento: em caso de necessidade, pode solicitar um crédito adicional, naturalmente, alterando a prestação mensal.

Desvantagens do crédito consolidado

Entre as desvantagens do crédito consolidado pode estar, para alguns, o prazo de pagamento mais alargado, significando isto, em princípio, que demorará mais tempo a pagar o empréstimo. Em compensação pagará menos todos os meses, podendo aproveitar a diferença entre a soma de todas as prestações anteriores e a do crédito consolidado para um fundo de poupança ou outros projetos que de outra forma seriam impensáveis. É uma questão de fazer as contas e ponderar. Com o alargamento do prazo, no fim poderá também vir a pagar mais juros, encarecendo o custo total do crédito.

Como fazer um pedido de crédito consolidado

Solicitar a consolidação dos seus créditos é um processo simples e rápido que pode ser tratado sem sair de casa. Basta ir ao site da entidade financeira que pretende, inserir no simulador o montante em questão, assim como o valor que está a pagar atualmente e o prazo pretendido. Após submeter estes dados no formulário, será feita uma análise pela entidade financeira. Caso o crédito seja aprovado, será necessário apresentar os seguintes documentos:

  • Comprovativo IBAN nominativo de um dos titulares do contrato;
  • Último recibo de vencimento dos titulares do contrato, para trabalhadores por conta de outrem;
  • Último Modelo 3 do IRS ou código de validação de entrega, para trabalhadores por conta própria;
  • Comprovativo de pensão, para pensionistas;
  • Declarações/extratos com valor em dívida atual e o respetivo procedimento para liquidação dos créditos a consolidar;
  • Mapa de responsabilidades do Banco de Portugal.

Depois é só assinar o contrato. O processo de pedido de crédito e assinatura dos documentos já pode ser feito totalmente via digital.

Se não conseguir consolidar os vários créditos, a solução poderá passar por renegociar as dívidas com as respetivas instituições financeiras. Convém sempre falar com o seu gestor de conta – não perde nada – mas tenha em atenção que as instituições financeiras não têm obrigação de o fazer.

Outra hipótese é regularizar a sua situação para conseguir obter a consolidação de créditos pagando as prestações em atraso, o que, por razões óbvias, não será fácil.

Leia também: Conceitos básicos no âmbito do crédito ao consumo

Simulador de crédito consolidado

Muitas pessoas reduziram os encargos mensais após fazerem o crédito consolidado, ficando apenas com uma prestação a pagar e com um prazo fixo de pagamento. 

Para saber se esta é a solução indicada para si, utilize um simulador próprio para o efeito.

O seu processo será cuidadosamente analisado pelo consultor de crédito, garantindo a solução mais adequada ao seu orçamento.

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Reduzir a taxa de esforço

A taxa de esforço corresponde à percentagem do rendimento total do agregado familiar que é gasta com o pagamento das mensalidades do(s) crédito(s). Não deve ultrapassar os 33%, um terço do rendimento total, no entanto, é recomendado que a taxa de esforço se situe abaixo dos 30% do rendimento agregado familiar para não comprometer as suas finanças. Se a sua taxa de esforço se agravar, além de consolidar ou renegociar os créditos, uma das possibilidades que tem de a reduzir é, no caso do crédito habitação, tentar transferir esse crédito para outra instituição, negociando melhores condições, o que lhe poderá permitir poupar bastante no total de prestações que lhe restarem.

Passar em revista o orçamento familiar deve ser também uma preocupação, definindo as despesas que não pode mesmo eliminar. Todas as demais devem ser repensadas e mesmo as essenciais podem ter alguma margem para ajuste (optar por marcas brancas, alimentos locais e de época, promoções, planear refeições, levar almoço para o local de trabalho, recorrer ao passe para os transportes públicos, eliminar subscrições, renegociar contratos de serviços, etc.).