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Dia Mundial da Poupança: 13 dicas para poupar dinheiroDia Mundial da Poupança: 13 dicas para poupar dinheiro

Dia Mundial da Poupança: 13 dicas para poupar dinheiro

Dia Mundial da Poupança: 13 dicas para poupar dinheiro

Assinalado anualmente a 31 de outubro, o Dia Mundial da Poupança alerta-nos para a necessidade de poupar para o futuro e assegurar uma melhor qualidade de vida. Como poupar dinheiro? Conheça alguns dos hábitos de poupança que o podem ajudar nesta “missão”.

O que é o Dia Mundial da Poupança?

O Dia Mundial da Poupança foi instituído pela primeira vez em 1924, no rescaldo da Primeira Guerra Mundial, com o objetivo de restaurar a confiança das pessoas nas instituições financeiras, levando-as a guardar o dinheiro no banco e não debaixo dos colchões. Desde então, esta data tem vindo a celebrar todos aqueles que diariamente lutam por melhorar a vida através dos hábitos de aforro.

Focado na necessidade de pouparmos para nos prepararmos para o futuro, este dia lembra-nos da importância de poupar dinheiro para ter uma rede de segurança para os tempos mais difíceis, mas também para realizar projetos vários, pessoais ou profissionais, como casar, aumentar a reforma, iniciar um negócio, adquirir casa, investir na formação/educação pessoal ou dos filhos, fazer uma viagem, entre outros.

1. Planear um orçamento familiar mensal

Cumprir os seus objetivos financeiros passa antes de mais por definir  um orçamento familiar, essencial  para ter uma noção clara do estado das finanças pessoais/familiares e, principalmente, perceber onde gasta o dinheiro. Só assim poderá gerir as suas finanças e descobrir como poupar dinheiro.

Para o fazer, vai necessitar de reunir os comprovativos de todos os rendimentos mensais (seus e do agregado familiar), bem como de todas as despesas feitas ao longo do mês. Aqui tudo entra na contabilidade, das contas de TV e net, seguros (dividindo a totalidade anual por 12), transportes e/ou combustível, renda de casa e alimentação, atividades extracurriculares dos mais novos, hobbies, medicação regular, entre outros.

Na posse de tudo isto, deverá fazer uma lista das despesas, agrupando-as em despesas fixas (renda da casa, por exemplo) e despesas variáveis, como alimentação, refeições fora, lazer, etc. Some todas as despesas e, separadamente, os rendimentos, e faça os ajustes necessários.

Se os rendimentos forem superiores às despesas, facilmente consegue destinar uma percentagem mensal para fazer crescer as suas poupanças. Se, pelo contrário, os gastos forem superiores aos rendimentos, significa que está a gastar acima da sua capacidade financeira e que tem de cortar despesas para equilibrar o orçamento familiar e não cair em situação de sobre-endividamento.

Uma forma simples de fazer e controlar o seu orçamento é recorrer a uma folha de Excel para as despesas, que é grátis e a que pode aceder fácil e rapidamente do computador, smartphone ou tablet em qualquer local.

2. Habitue-se a gastar o dinheiro de forma sensata

Depois de fazer o orçamento, é importante manter-se focado na forma como gasta o dinheiro, dando prioridade às despesas essenciais (renda e alimentação, por exemplo) e só depois gastar em artigos/atividades não essenciais. Evite, sobretudo, comprar por impulso e pense duas vezes antes de comprar algo que não é necessário. Lembre-se que gastar dinheiro de forma ponderada e uma das melhores forma de poupar dinheiro e pode ser a chave para dar vida a sonhos e projetos no futuro.

3. Apps para poupar dinheiro

Para lhe simplificar a vida e lhe facilitar as contas descarregue para o seu smartphone uma aplicação de despesas mensais grátis ou a preços bastante acessíveis, sobretudo tendo em conta os ganhos que permitem. Bonzi, You Need a Budget, Toshl Finance, Mint, 52 semanas, Moneywiz ou Goodbudget são algumas entre as muitas a que pode – e deve – recorrer.

4. Criar um fundo de emergência

Para não ser apanhado desprevenido numa emergência, e comprometer a sua situação financeira, prepare-se e crie um fundo de emergência, isto é, uma conta separada que deve criar para cobrir, pelo menos parcialmente, as despesas para fazer face a imprevistos, uma espécie de rede de segurança a que poderá recorrer em caso de eventual crise financeira, como lay-off, desemprego, incidente em casa que obrigue a obras ou doença prolongada, por exemplo, e que deve corresponder, idealmente, a cerca de cinco a seis salários.

Apesar de ser difícil de cumprir para uma larga faixa da população, este é um dos objetivos de que não se deve desistir. Se há algo que a pandemia tornou claro é que os imprevistos acontecem de um dia para o outro.

5. Começar uma conta-poupança

Criado o fundo de emergência, deverá pensar em abrir uma conta-poupança, para a qual deve retirar idealmente 10% (ou mais, se possível) do seu salário todos os meses. Se inicialmente os 10% não forem possíveis, comece com uma percentagem menor; o importante é assegurar que as suas poupanças crescem todos os meses, mesmo que pouco, já que ao capital que vai sendo injetado se vão somar os juros. Assim que for viável, deverá aumentar este montante. Para assegurar que, de facto, poupa esta quantia, deverá transferi-la automaticamente na data em que recebe o salário para esta conta-poupança, na qual não deve mexer.

6. Pedir fatura para beneficiar de deduções no IRS

Pedir sempre faturas e validá-las regularmente no e-fatura é outro dos cuidados que não deve descurar para poder beneficiar de deduções que lhe poderão permitir um maior reembolso do IRS. E já que falamos em reembolso de IRS, acrescentá-lo total ou parcialmente às suas poupanças é uma boa forma de as fazer crescer.

7. Negociar créditos e seguros para poupar

Outro hábito que não deve descurar é rever com alguma regularidade os seus créditos e seguros. Se já não forem vantajosos, tente renegociá-los com a seguradora ou o banco.

Consolidar créditos – pode consolidar créditos pessoais, cartões de crédito e linhas de crédito  – ou juntar os seguros todos na mesma companhia e agregar toda a família a uma só apólice pode representar uma redução significativa nas despesas mensais; é também mais prático já que fica a pagar apenas uma mensalidade, mais baixa do que a soma de todas as outras juntas e com taxa fixa até ao final do contrato. Simule agora.

Faça as contas. E, já agora, analise bem os seus seguros e veja se não está a pagar por serviços de que não precisa, caso, por exemplo, do parto no seguro de saúde, se não estiver a pensar ter mais filhos.

Aproveite e passe também em revista os vários contratos de serviços e troque de fornecedor (até mesmo de eletricidade) sempre que sejam oferecidas condições e preços mais vantajosos. Já que está neste caminho, consulte também a lista de débitos diretos que tem na sua conta bancária e cancele os que já não se justificarem ou que estejam esquecidos – subscrições de revistas que não lê, ginásio que não frequenta, quotas que não lhe tragam retorno; pode inclusivamente ‘canalizar’ o valor de alguns deles para a sua conta-poupança.

8. Aprofunde os seus conhecimentos financeiros

Desenvolver literacia financeira é a chave para tomar as melhores decisões no que toca à poupança e investimento. Aproveite, por isso, as ferramentas ao seu dispor: sites, jornais, livros, revistas ou mesmo webinars, entre muitos outros. É o caso, por exemplo, do curso de finanças pessoais gratuito Planear o orçamento familiar e Sistema económico e financeiro disponível no do portal Todos Contam.

9. Invista dinheiro para aumentar a poupança

Hoje em dia não são necessários valores elevados para fazer bons investimentos e rentabilizar o seu dinheiro. Dos Certificados de Aforro e Fundos de Investimento às ações, obrigações ou startups, encontra certamente uma solução confortável onde investir dinheiro e que lhe pode assegurar um bom retorno.

10. Adira ao desafio das 52 semanas

Popular na Internet, o desafio de poupança 52 semanas permite poupar 1378 euros durante um ano, valor que pode ser aplicado numa viagem, num seguro de saúde para si, família e patudos, pagamento de propinas ou amortização de crédito, por exemplo, entre outras possibilidades. A outra boa notícia é que é simples de seguir: consiste em poupar a quantidade de euros correspondente ao número da semana, ou seja, na 1.ª semana do ano, que já não está longe, põe-se no mealheiro 1€, na 2.ª semana, 2€ e assim sucessivamente até chegar aos 52€ na última semana do ano. Se preferir pode fazer ao contrário, de forma decrescente, começando em 52€ e acabando em 1€.

11. Consegue passar uma semana sem fazer compras? E um mês?

Este é outro dos desafios que pode experimentar: comprar apenas bens essenciais durante um período predefinido por si, de uma semana a um ano – pode ser só uma semana ou uma semana por mês (não vale ‘compensar’ na semana seguinte), um mês, etc. No fundo trata-se de um desafio que visa combater a impulsividade e o consumismo e, consequentemente, também os gastos desnecessários com objetos supérfluos. É também uma forma de repensar os gastos e procurar fazer melhor uso do seu dinheiro  – pode também alargar o desafio a todo o agregado familiar e poupar nas despesas gerais familiares.

12. Como poupar na alimentação

Sair de casa sem comer para tomar o pequeno-almoço num café ou pastelaria, mesmo que seja no local de trabalho representa gastos anuais na ordem de várias centenas de euros. Trata-se de um montante que pode ver reduzido significativamente se se habituar a comer em casa antes de sair e também se levar marmita  para o local de trabalho com refeições preparadas por si ou por outro elemento da família. Além de poupar, contribuindo ainda para reduzir o desperdício alimentar, tem sempre a certeza do que está a comer. Não faltam sites com receitas saborosas para comer bem e mais barato, inclusive [JN3] até por 1€ por pessoa ou menos, ou para aproveitar sobras.

13. Dê luz verde aos transportes públicos

Se tem carro e se desloca diariamente de casa para o trabalho e vice-versa, talvez esteja na hora de repensar a sua rotina e aderir aos transportes públicos, sobretudo tendo em conta o preço dos passes mensais (mais baratos do que um depósito de combustível fóssil) vs. preço da gasolina e gasóleo. Não menos importante, poupa dinheiro em estacionamento, manutenção, contribuindo ainda para menores emissões de CO2. Pode também aproveitar o tempo das deslocações para ler finalmente aqueles livros para os quais tem tido dificuldade em arranjar tempo, ler notícias ou até mesmo ver a sua série ou filme favorito, até porque muitos transportes têm já Wi-Fi gratuita. Todos ganham!