Casal: juntar ou separar as contas bancárias?
Casal: juntar ou separar as contas bancárias?
Se está a pensar construir uma vida a dois, a gestão do dinheiro e finanças é um tema que tem de ser abordado, o que implica, entre outras coisas, decidir o que fazer em relação às contas bancárias. Conjuntas ou separadas, eis a questão.
Antes de tomar qualquer decisão, é essencial ter em conta que não há fórmulas mágicas e que o que funciona bem para uns casais pode revelar-se uma verdadeira catástrofe para outros. Há por isso que adotar um sistema que funcione bem para ambas as partes envolvidas, sujeito a alterações futuras e sempre que se justificar, como situações de promoção, desemprego, nascimento de um ou mais filhos, um novo animal de estimação, etc.
Acima de tudo, convém perceber o mais claramente possível qual a atitude que cada um tem em relação ao dinheiro, gastos e poupanças, para deteção de potenciais problemas antes de se ver confrontado com os mesmos.
Na mesma conta
Partilhar a conta bancária tem algumas vantagens, a começar pela facilidade de acesso e movimentação do dinheiro por parte de cada elemento do casal sempre que necessário.
Uma conta deste tipo reduz igualmente o risco de se deparar com surpresas financeiras, já que permite um maior controlo dos gastos. Em contrapartida, presentes e “surpresas” como uma viagem, por exemplo, perdem parte do mistério.
Dadas as suas particularidades, trata-se de uma opção sobretudo indicada para casais com abordagens idênticas em relação ao dinheiro – se um for poupado e o outro mais dado a atos consumistas, pode gerar algum atrito.
Na eventualidade de imprevistos como morte do parceiro, acidente ou internamento hospitalar, por exemplo, o acesso ao dinheiro está sempre garantido. No caso de contas separadas, o acesso à conta separada do outro membro do casal pode tardar um pouco.
No caso de a relação terminar, as contas conjuntas podem dificultar a divisão dos fundos entre as partes. O facto de permitirem que qualquer dos seus titulares movimente o dinheiro independentemente, pode numa situação como esta dar azo a surpresas bastante desagradáveis.
Cada um com a sua
Se as partes envolvidas pretenderem uma maior autonomia ou se os seus hábitos de consumo divergirem, entre outros cenários possíveis, optar por contas separadas poderá ser uma solução. Isto não significa, no entanto, isenção de qualquer responsabilidade: as contas têm de ser pagas, há que decidir quem paga o quê e como se dividem as contas (se 50/50 ou proporcionalmente ao ordenado, entre outras possibilidades), como proceder em caso de imprevistos. Tem de haver um planeamento cuidado para evitar surpresas e/ou sobrecarregar o outro e boa comunicação para se estar a par daquilo com que podem contar.
Maior flexibilidade
Mais flexível, a opção por um modelo misto, onde além de uma conta separada para cada um dos elementos do casal existe uma conta conjunta, na qual é depositada periodicamente uma quantia predefinida (igual ou diferente, dependente dos termos acordados), permite desfrutar do melhor de dois mundos: a independência das contas separadas e os benefícios da conjunta especialmente no que toca a despesas fixas e projetos comuns, como férias, por exemplo.
Fica-se assim com um conta para pagar as contas, presentes e futuras, mantendo-se simultaneamente uma conta para gastos pessoais, ofertas.