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Fundo de emergência: o que é e como criá-loFundo de emergência: o que é e como criá-lo

Fundo de emergência: o que é e como criá-lo

Fundo de emergência: o que é e como criá-lo

Por acontecerem inesperadamente, as emergências podem apanhar qualquer um facilmente desprevenido e comprometer com facilidade a sua situação financeira. Preparar-se para esta eventualidade é algo que deve começar já a fazer.

Uma queda, uma doença súbita, a necessidade de internamento de um animal de estimação ou uma avaria no frigorífico ou automóvel, rotura de um cano em casa exigindo obras profundas, entre muitas outras possibilidades, como o desemprego ou a assistência à família, são situações inesperadas que podem acontecer aos mais previdentes.

Criar um fundo de emergência para fazer face a estes imprevistos é a melhor forma de se preparar, até por lhe permitir minimizar o impacto que estas situações excecionais poderão causar a longo termo.

Um fundo de emergência é uma conta separada que deve criar para cobrir, pelo menos parcialmente, as despesas inerentes a imprevistos, uma espécie de rede de segurança à qual se deve recorrer durante uma crise financeira. Não deve ser encarado como uma poupança para aquisição de carro, casa ou viagem – para isto deve considerar uma poupança à parte.

Quanto?

Apesar de depender um pouco do seu rendimento, estilo de vida, despesas, número de dependentes, quantos salários entram no orçamento familiar, dívidas, etc., o ideal é apontar para uma quantia equivalente a entre três e seis meses de despesas – não se esqueça de contemplar as despesas que não ocorrem mensalmente, como seguros e impostos, que devem ser todas somadas e divididas por 12. Alguns especialistas vão um pouco mais longe, apontando para o correspondente a oito meses de despesas e outros ainda, sobretudo após a pandemia de 2020, sugerem 12 meses.

Como criar o fundo

Para conseguir criar um fundo de emergência, convém ter a noção exata de quais são as suas despesas. Junte as faturas e anote os gastos e comece a fazer contas. Convém igualmente definir o que é essencial e aquilo que é supérfluo, o que lhe permite saber onde cortar se quiser poupar mais e/ou mais rapidamente. Existem várias apps concebidas especificamente para ajudar a poupar dinheiro. Use-as! Se vai começar agora, experimente pôr de lado 10% do ordenado todos os meses até perfazer o objetivo pretendido; se não for viável, comece por quantias mais pequenas – importante mesmo é não desistir e ir aumentando este fundo regularmente.

O melhor é definir uma data mensal para transferir a quantia pretendida. O ideal é automatizar a transferência, por exemplo, no dia em que recebe o ordenado.

Outra forma de fazer crescer o seu fundo de emergência é usar o reembolso do IRS, caso receba, como reforço. Assim que tiver a indicação de pagamento do mesmo, transfira-o para a conta do fundo de emergência.

Contas separadas

Evite manter o dinheiro destinado a emergências na sua conta à ordem, pois será muito fácil gastá-lo (quase) sem dar por isso. Como o objetivo é usá-lo para imprevistos, não o junte à sua conta-poupança, para não sofrer penalizações se precisar de recorrer ao mesmo. Crie uma conta específica para o efeito, idealmente uma conta com uma taxa de juro simpática, de fácil liquidação e à qual possa aceder facilmente.