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Obras em casa: o que deve ter em contaObras em casa: o que deve ter em conta

Obras em casa: o que deve ter em conta

Obras em casa: o que deve ter em conta

Se está a pensar remodelar a sua casa ou precisa de fazer alguma reparação, são vários os aspetos a considerar, desde o projeto à eventual necessidade de licenças camarárias e financiamento. Ficam algumas dicas para o ajudar no processo.

Orçamentos precisam-se

A precipitação é inimiga da perfeição e neste caso em concreto também da carteira. Por isso, convém estabelecer o orçamento que tem disponível para as obras, informando-se sobre as opções de financiamento à sua disposição se se verificar necessário. Não se esqueça de incluir um extra que lhe permita alguma margem de manobra na eventualidade de imprevistos.

Com estes valores em mente, é altura de solicitar orçamentos discriminados, timings incluídos, a diferentes empreiteiros, explicando-lhes o que pretende. Compare-os, esclareça todas as dúvidas que possam surgir e discuta eventuais ajustes.

O que é o crédito para obras

Como o nome indica, trata-se de um financiamento para quem pretende remodelar, decorar ou tornar a casa mais eficiente e sustentável. Destina-se a obras em toda a casa ou apenas em algumas divisões, caso da cozinha, escritório, quarto de bebé, terraço, etc.

Saiba se há incentivos do Governo que possa aproveitar

O Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis prevê incentivos para quem pretender fazer obras ou adquirir equipamentos que visem melhorar a eficiência energética em casa, como a instalação de painéis solares, bombas de calor, janelas eficientes, trabalhos de isolamento, entre outros. Informe-se se o seu projeto inclui alguma(s) da(s) melhoria(s) contemplada(s). As candidaturas estão abertas até 31 de março, através do site do Fundo https://www.notasemdia.pt/financas-em-dia/sete-conselhos-essenciais-para-uma-boa-gestao-das-financas-pessoais-em-2023/ Ambiental.

Orçamento elevado? Pondere alternativas

Obras em casa têm custos muito variados e nalguns casos podem revelar-se bastante dispendiosas. Tenha em consideração que há alternativas mais em conta que podem fazer uma enorme diferença. Pintar os móveis, pintar os azulejos das paredes ao invés de os substituir,, substituir puxadores por outros mais modernos, pôr novas torneiras ou substituir a loiça sanitária, por exemplo, são boas opções quando a margem de manobra financeira é limitada.

Materiais low-cost são uma boa forma de reduzir custos, mas atenção, certifique-se da sua qualidade. Existem materiais baratos fiáveis e outros cuja má qualidade pode comprometer todo o projeto, trazendo mais encargos a médio prazo.

Escolha a melhor altura para fazer as obras

Por norma, a melhor altura para obras é nos meses mais amenos, sobretudo por uma questão de comodidade: os materiais secam mais depressa e, no caso de ter de remover temporariamente uma porta ou janela, o frio não se faz sentir tanto.. A chegada de um bebé também não será a melhor altura – certifique-se de que as obras estão terminadas antes dessa data ou adie os trabalhos para mais tarde.

No entanto, especialmente obras interiores, é possível realiza-las durante todo o ano.

Canalização, um ponto a ter em conta

Se as obras envolverem casas de banho e/ou cozinha, considere a substituição da canalização, o que vai depender da sua condição e idade do imóvel (deve-se substituir a canalização a cada 25 anos). Aconselhe-se com um profissional sobre o estado dos canos e, se for caso disso, aproveite para os substituir, prevenindo prejuízos futuros.

Tem dúvidas? Pergunte

Dos empreiteiros a arquitetos e desenhadores, passando pelas lojas de materiais de construção, sempre que tiver alguma questão em relação ao projeto, trate-se dos materiais, alternativas, etc., não hesite em falar com os diferentes profissionais.

Em que situações é necessário licenciamento?

Apesar de haver bastantes obras, como derrubar uma parede interior, desde que não se trate de uma parede-mestra, que não exigem licença, outras poderão exigir comunicação à câmara ou mesmo autorização desta. Regra geral, as minutas estão disponíveis nos sites das câmaras, o que simplifica bastante todo o processo; basta descarregar, preencher, assinar e enviar na maioria dos casos.

É o que sucede nas obras em imóveis classificados ou em vias de classificação, cuja licença camarária é sempre obrigatória. O mesmo acontece se o projeto implicar a alteração da fachada, seja em termos de dimensão ou mudança de cor (para pintura da mesma cor não é necessária), alteração de pisos, construção de piscina junto da edificação, urbanização e trabalhos de remodelação de terrenos em área abrangida por operação de loteamento.

  • Tome nota: ao comunicar à câmara ou solicitar a licença terá de afixar um aviso que seja visível no exterior.

A ocupação da via pública com andaimes ou contentor para recolher o lixo produzido pela obra também requer comunicação ou pedido de licença de ocupação de via pública.

Tenha também em conta as obras para as quais precisa de autorização do condomínio. A instalação de um aparelho de ar condicionado na fachada do prédio, fechar uma varanda ou terraço e fazer uma ligação entre o apartamento e uma arrecadação são alguns exemplos. Informe-se e solicite a autorização, se for o caso.

Tem vizinhos? Informe-os

Avise os seus vizinhos alguns dias antes do início das obras, para que fiquem informados que poderá haver algum barulho e terem conhecimento da entrada e saída dos profissionais que farão as obras. E tenha sempre em conta o horário permitido por lei, previsto no Regulamento Geral do Ruído, que define a sua realização entre as 8h e as 20h. .