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Prepare as suas finanças para a segunda parte do anoPrepare as suas finanças para a segunda parte do ano

Prepare as suas finanças para a segunda parte do ano

Prepare as suas finanças para a segunda parte do ano

Com o final do primeiro semestre do ano a chegar, é também altura de fazer um balanço nas suas finanças pessoais. Consolide os créditos ou invista num PPR, por exemplo.

Sente-se afetado pela perda do poder de compra e pelo consecutivo aumento das taxas de juro? É normal que as suas despesas tenham aumentado em relação ao que estava previsto. Por isso, analisar cuidadosamente o seu orçamento impõe-se para evitar percalços nos próximos meses.

Renegoceie as suas despesas

O final da primeira metade do ano é também uma boa altura para pensar em renegociar seguros, créditos, contratos de prestação de serviços como telecomunicações ou fornecedores de energia, como gás e eletricidade. Aproveite os vários simuladores disponíveis online para comparar as diferentes ofertas e escolha as mais vantajosas. Rever os contratos pode valer-lhe algum dinheiro extra que pode aplicar, por exemplo, no fundo de emergência ou ajudar a pagar umas férias.

Se tiver contratos com fidelização, defina um lembrete no telemóvel para saber quando termina, altura em que terá mais margem de manobra para trocar de fornecedor ou renegociar o contrato atual.

A chegada ao fim da primeira metade do ano é também indicada para o balanço dos seus objetivos, um dos passos mais importantes para a segurança das suas finanças pessoais. Avalie os seus progressos, reveja prioridades e alinhe estratégias para manter os seus planos na rota certa. Não hesite em fazer ajustes se necessário.

Cortar no acessório

Procure antecipar-se à inflação cortando nas despesas menos necessárias para não comprometer nem o orçamento nem a saúde das suas finanças. É uma boa ideia evitar aqueles pequenos gastos diários que excedem o previsto e podem causar mossa no final do mês, como um almoço ou jantar fora com colegas ou amigos, as mensalidades do ginásio, se não se for assíduo, assinaturas de canais premium ou streaming ou pequenos artigos que se compram por impulso. Nada como fazer uma lista das compras realmente necessárias, seja de supermercado, vestuário, calçado, livros, entre outros artigos.

Outra boa prática a adotar é a verificação regular dos vários pagamentos automáticos, de forma a cancelar os que já não se justificam.

Revisto o orçamento, já pode proceder aos ajustes necessários para que a saúde das suas finanças se mantenha estável durante o resto do ano.

Fundo de emergência

Já pensou criar um fundo de emergência para fazer face a imprevistos como a reparação de algum dano no seu carro, despesas médicas não planeadas, e entre muitas outras possibilidades, como desemprego? é uma excelente ideia para garantir a sua estabilidade financeira. O aconselhável é que esta conta contemple idealmente pelo menos três a seis meses de despesas ou, segundo a DECO, que seja equivalente a cinco – seis salários. Para isso, convém ter a noção exata de quais são as suas despesas de forma a perceber o que lhe é conveniente e como poderá aumentar o seu fundo de emergência.

Consolidar o crédito

Se tem mais do que um crédito, como, por exemplo, crédito automóvel, crédito energias renováveis e/ou montante em dívida de cartão de crédito, entre outros, pondere a hipótese de os consolidar, reunindo todos numa só mensalidade e pagando significativamente menos por mês. Ao optar por um crédito consolidado, são abatidos todos os créditos que tiver no momento, sendo criado um único com uma mensalidade mais competitiva e mais baixa. E, para não haver surpresas, a taxa é fixa até ao fim do contrato, pelo que pagará sempre o mesmo. É dinheiro que pode poupar para o fundo de emergência ou para investir em produtos que possam render-lhe dinheiro extra.

Crédito com benefícios

Os cartões de crédito com cashback permitem que receba de volta uma percentagem dos seus gastos com esse cartão. Isto significa que, cada vez que utilizar um cartão de crédito cashback em viagens, abastecimento de combustível, compras de produtos ou serviços diversos, restaurantes, hotéis, entre muitos outros, este devolve-lhe uma percentagem pré-definida do valor dos seus gastos.

Plano poupança-reforma (PPR)

O PPR ao assegurar-lhe um pé de meia-de-meia para o futuro, através de depósitos e reforços de dinheiro regulares a que estão associadas taxas de juros competitivas que evitam a desvalorização, assim como benefícios fiscais, torna-se numa aplicação financeira a considerar. Em caso de períodos de emergência como uma eventual situação de desemprego ou doença súbita, os valores do PPR podem ser resgatados sem prejuízo. Além disso, têm montantes mínimos de investimento reduzidos, o que alivia o esforço de poupança. Se ainda não tem um plano poupança-reforma, aproveite para investir num.

Teve direito a reembolso de IRS? Pode investir

Se está entre os contribuintes com direito a reembolso, aproveite-o bem. Saldar dívidas, aumentar (ou iniciar) o fundo de emergência ou investir em certificados de aforro, por exemplo, são bons pontos de partida. Mas pode ainda pensar em investir em formação (sua ou dos seus filhos) ou aproveitar para fazer obras em casa e torná-la não só mais confortável como mais sustentável e eficiente.