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7 Dicas para um regresso à normalidade com tranquilidade7 Dicas para um regresso à normalidade com tranquilidade

7 Dicas para um regresso à normalidade com tranquilidade

7 Dicas para um regresso à normalidade com tranquilidade

Com a maior parte da população vacinada e a entrada numa nova fase de levantamento das restrições, a gestão de horários e tarefas regressa ao “velho”. Saiba como fazer a transição de forma tranquila sem stress

Agora que entrámos na última fase do Plano de Levantamento Gradual das Restrições, é chegada também a altura de começarmos a regressar ao “velho normal”. Muito daquilo a que convencionámos chamar nova normalidade vai, no entanto, manter-se, como o teletrabalho, uma tendência que se crê ter vindo para ficar e que muitas empresas poderão adotar, pelo menos num esquema flexível e/ou rotativo se as tarefas desempenhadas o permitirem.

1. Redefinir prioridades

Adotar novos hábitos ou abandonar hábitos antigos pode demorar entre 30 e 60 dias, referem alguns investigadores, nalguns casos menos ainda. Isto significa que neste ano e meio de pandemia, restrições e confinamentos, tivemos tempo suficiente para desenvolver novos hábitos, uns melhores outros piores, que agora poderão requerer algum ajustamento.

Recuperar os bons velhos hábitos, deixando de fora os maus, mantendo simultaneamente as boas alterações que introduzimos desde então no dia a dia é, por isso, uma das questões que agora se põem a muitos de nós. É também uma oportunidade única para fazermos um reset em prol da nossa saúde e do nosso bem-estar, bem como do dos demais à nossa volta.

Algo que a pandemia veio provar é que de repente tudo pode mudar, e todos mudámos de alguma forma nestes meses: uns viram-se subitamente na linha de frente, sobrecarregados, outros viram a casa transformada em local de trabalho, creche, escola, lar, outros ficaram sós e mais isolados. Gratidão por ter um espaço verde por perto foi um sentimento que muitos experienciaram pela primeira vez. Uns ficaram mais solidários – houve quem também ficasse mais egoísta. Outros passaram a dormir mais, a ver TV ininterruptamente e a comer mais doces ou, pelo contrário, a cozinhar de forma mais saudável. Houve também quem redefinisse a vida em família e quem adotasse o pijama como uniforme… a lista pode prolongar-se bastante mais.

Por tudo isto, esta pode ser a altura ideal para parar alguns minutos e começar por rever as antigas prioridades, pensar no que poderá seguir-se:

  • Que hábitos atuais pretende manter?
  • Que novos hábitos quer abandonar?
  • O que quer recuperar dos antigos?
  • O que é que gostaria de fazer de outra forma?
  • O que gostaria de fazer que nunca fez antes?

Um bom ponto de partida é fazer uma lista, uma espécie de objetivos para este momento da pandemia que não podemos ainda designar por pós-covid, mas que começa a desenhar-se já nesse sentido. E, claro, pense em como torná-los realidade.

2. Ansiedade? Perfeitamente normal

Se muitos de nós têm contado os dias para o regresso à normalidade, a recuperação do tempo “perdido” com grande expectativa, para muitos outros, esta poderá ser uma transição complicada.

Fazer algo que já não fazemos há algum tempo, regressar a antigas rotinas ainda condicionadas pela pandemia, pode provocar ansiedade e ser particularmente difícil para algumas pessoas, sobretudo para as mais ansiosas, para as quais os confinamentos e restrições se revelaram um alívio. Mas estas não são as únicas. Durante a pandemia, foram muitas as pessoas que acabaram por se habituar à ausência de contacto social, mesmo a nível laboral. Muito do contacto foi feito através de email, redes sociais ou videochamadas, situação que vai agora inverter-se.

Do novo normal fazem também parte os vulgares compromissos sociais, como ir ao cinema ou ao teatro, de que também nos desabituámos, mesmo os frequentadores regulares, e o regresso ao ginásio para muitos. Estes são apenas dois exemplos entre outros possíveis. Se se revê nestas situações ou em semelhantes, comece por recordar o lado positivo de retomar antigas rotinas, recuperar memórias e, sobretudo, criar novas. Mais importante ainda: lembre-se de que sentir ainda alguma apreensão é normal e não tem de voltar às antigas rotinas de uma só vez. Comece por pequenos passos e, se não conseguir dominar a ansiedade repetidamente, procure ajuda profissional.

Pode também recorrer ao serviço de aconselhamento psicológico por telefone no SNS24 (808 24 24 24) ou às diferentes linhas de crise, no microsite Saúde Mental Covid-19, por exemplo.

3. De regresso ao local de trabalho

Regressar ao trabalho presencial pode ser um fator de stress para muitas pessoas. É possível que voltar a utilizar os transportes públicos, ver-se repentinamente rodeado de pessoas, ter eventualmente de andar de máscara todo o dia se não for possível manter distâncias seguras, etc., gere tensão e ansiedade. Falar com colegas e amigos pode ajudar a encontrar estratégias comuns para gerir melhor os primeiros tempos.

4. Continuação de teletrabalho

Para muitas empresas, o teletrabalho revelou-se bastante positivo, mantendo-se em muitos casos ou pelo menos em regime misto, dois ou três dias presenciais e os restantes de teletrabalho.

Para quebrar o isolamento, esforce-se para promover a aproximação social dos seus colegas e/ou colaboradores. Procure manter o contacto fora das reuniões por telefone ou combine um almoço com alguns deles numa esplanada por perto.

Estar muito tempo sentado faz mal à saúde, por isso faça intervalos regulares, levante-se da sua secretária e vá até à janela. Saia para tomar um café de manhã ou ao início da tarde, faça uma caminhada à hora de almoço, por exemplo. Além de ajudar a aliviar o stress, evita dores nas costas e estimula a produtividade e criatividade.

5. Dê-se tempo para se ajustar

É normal sentir alguma desorientação inicial – e também algum stress – com mais trânsito na estrada, mais engarrafamentos, mais e maiores aglomerações de pessoas nas lojas, serviços públicos, restauração, etc.

Dedicar uns minutos por dia a meditação ou simplesmente a fechar os olhos e respirar fundo é um bom começo. Gradualmente, depois tudo se ajustará.

6. Cuide de si

Continue a desfrutar o mais possível do ar livre e faça uma caminhada, senão diária pelo menos regular, faça exercício vários dias por semana, coma de forma mais saudável, evitando alimentos processados ou pré-cozinhados, aposte nos legumes e frutos e em fontes de proteína saudável.

Acima de tudo, procure reservar uma parte do dia para si e também para o contacto regular com a família e amigos. Mantenha em mente que as 24 horas do dia não se esticam, mas podem ser mais bem geridas. A falta de tempo de que nos queixamos é sobretudo uma questão de gestão diária e de rever o que de facto é importante.

7. Siga  as normas da DGS

Uma coisa que não mudará nos próximos tempos é a necessidade de continuar a seguir medidas de higiene e etiqueta respiratória, como lavar frequentemente as mãos e proteger o nariz e a boca com um lenço descartável ou com o antebraço quando tossir ou espirrar, deitando o lenço a seguir no lixo.

O uso de máscara vai também continuar obrigatório nos transportes públicos, visitas aos hospitais e lares, salas de espetáculo e grandes superfícies comerciais. Além de prevenir o contágio do “novo” coronavírus, esta é uma medida que terá também influência na prevenção da gripe, por isso não facilite.

Convém também não esquecer de que a pandemia ainda não passou, pelo que poderá haver alterações nas restrições – mantenha-se informado.