Medidas simples para ser ainda mais sustentável em 2021
Medidas simples para ser ainda mais sustentável em 2021
Após um ano particularmente difícil, que nos pôs à prova nos mais variados campos, e nos forçou a abrandar e a refletir os nossos hábitos, em 2021 podemos e devemos continuar a adotar práticas mais sustentáveis. Está nas nossas mãos fazer mais pelo planeta… e por nós.
Uma coisa é certa: se há algo que 2020 nos ensinou e provou é que a nossa capacidade de adaptação a novas situações é grande, mesmo quando o mundo parece ter dado uma volta de 180o, e que o contacto com a natureza e o ar livre é inestimável.
Reduza o desperdício
Todos os anos 1,3 mil milhões de toneladas de alimentos são deitados fora. Para as famílias representa dinheiro desperdiçado que poderia ter outros fins, como o aumento de um fundo de emergência, o financiamento de uma viagem de sonho ou as propinas escolares.
Reduzir o desperdício deve ser uma das metas a atingir desde já. Planear as refeições antes de ir às compras, comprar em quantidades ajustadas ao agregado familiar, reutilizar as sobras, adotar o método de batch cooking, comprar a granel e fazer compostagem do lixo orgânico não ajudam apenas o planeta, mas também as suas finanças, por isso não adie mais e comece já a reduzir o desperdício.
Evite o plástico
No contexto da pandemia de covid-19, a utilização de plástico descartável teve um crescimento considerável, com todo o takeaway consumido – aliás, o prazo para a proibição do uso de pratos, copos e talheres, embalagens, palhinhas e afins de plástico descartável no setor da restauração e similares foi inclusivamente adiado do final de 2020 para 31 de março de 2021.
E quem diz plástico descartável diz também plástico em geral. Devemos apostar em alternativas mais amigas do ambiente como a utilização de sacos de pano e/ou reutilizáveis ou levar os próprios recipientes se for buscar takeaway, assim como verificar se o material das cotonetes são cartão ou bambu, por exemplo, e claro, reciclar.
Também na lavagem da roupa podemos ser mais sustentáveis; durante a lavagem de roupa são libertados microplásticos nocivos que acabam nos oceanos e que podemos minimizar utilizando um filtro específico para o efeito como a bola Cora ou o saco de lavagem Guppyfriend.
Menos carne, mais verdes e mais local
Investir numa alimentação mais rica em produtos de origem vegetal e menos rica em carne, sobretudo vermelha, ajuda a reduzir a pegada de carbono, tal como consumir produtos de época, que são inclusivamente mais ricos nutricionalmente, e nacionais e/ou locais – o transporte é responsável pela emissão de CO2.
Vista-se mais responsavelmente
São produzidos anualmente 100 mil milhões de artigos de vestuário, estimando-se que três em cada cinco peças são deitadas fora ao fim de um ano. Tendo em conta que a indústria têxtil é uma das mais poluentes, com impactos ambientais ao nível das emissões de CO2, consumo de água, erosão dos solos e consequentes desperdícios e resíduos, 2021 é uma boa altura para repensar a forma de nos vestirmos.
Certificar-se de que de facto precisa de uma peça de roupa, informar-se sobre a proveniência da mesma, adquirir roupa e acessórios em segunda mão ou mesmo alugar se destinada a eventos únicos, são opções a considerar. Não só poupará na carteira e no espaço de arrumação, como poupará o ambiente.
Não menos importante, cuide bem da sua roupa para que dure mais tempo em boas condições e habitue-se a vender ou a doar a Instituições Particulares de Solidariedade Social aquela que já não vai usar.
Menos água quente
Reduzir o consumo de água quente é outra das formas ao nosso alcance de reduzir as emissões de CO2. Instalar redutores de água nas torneiras, tomar duches em vez de banhos de imersão, fechar a torneira enquanto se ensaboa, lavar a roupa a 30 oC – os detergentes são atualmente eficazes a baixas temperaturas – e usar as máquinas de loiça e roupa na capacidade máxima são formas simples de o fazer. Aproveitar num balde a água fria do banho enquanto espera que aqueça, também ajuda a evitar o desperdício deste bem tão precioso.
Na hora da higiene e beleza
Dos cuidados de rosto a produtos de higiene, são muitas as marcas a desenvolverem produtos com filosofias mais amigas do ambiente (zero waste, cruelty-free, biológicas, orgânicas, vegan, etc.).
Sabonetes, champôs e sabão de barbear sólidos ou mesmo produtos para saúde oral em pastilhas, que já se encontram em hipermercados ou lojas como a Pegada Verde, a Mind The Trash ou a Maria Granel, entre muitas outras, contribuem para reduzir as embalagens de plástico e têm maior durabilidade. Por serem mais concentrados a dosagem é menor, logo, acaba por poupar. A utilização de produtos em embalagens recarregáveis, mais uma vez, também amigas da carteira e do ambiente, é outra das alternativas a considerar.
Um jardim em casa
Na varanda, parapeito da janela, na cozinha, na sala e até mesmo nos quartos, as plantas ajudam a relaxar, estimulam a criatividade, tornam o ambiente mais acolhedor, decoram, ajudam a purificar o ar e até ajudam a combater as alergias. Um bom exemplo são os clorófitos, cujas folhas absorvem partículas alergénicas, como poeiras. E nem sequer requerem muitos cuidados, pelo menos algumas delas. Se se dirigir a um horto, centro de jardinagem ou casa especializada, facilmente lhe indicarão as melhores opções para o seu caso, que pode inclusivamente passar por uma mini-horta urbana.