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Tem ideias para um novo negócio? Oito soluções de financiamentoTem ideias para um novo negócio? Oito soluções de financiamento

Tem ideias para um novo negócio? Oito soluções de financiamento

Tem ideias para um novo negócio? Oito soluções de financiamento

Se está a pensar lançar um negócio, é provável que se tenha deparado já com uma questão essencial e da qual pode depender todo o sucesso da iniciativa: o financiamento para pôr em prática as suas ideias. Eis oito opções possíveis de financiamento

Um dos principais obstáculos para transformar uma ideia num negócio de sucesso é conseguir o capital para investir no mesmo, o que leva muitas pessoas a desistir antes mesmo de começar. Se é o seu caso e considera ter uma boa ideia para um negócio, são várias as opções à sua disposição para obter o financiamento de que necessita não só para o pôr em marcha mas também para o ver singrar a curto, médio e longo prazo. Convém não esquecer de que por mais inovadora e apelativa que a iniciativa seja, regra geral, são muitos os recursos necessários até que o projeto se torne rentável. Daí a necessidade de se informar sobre as diferentes alternativas de financiamento existentes a que pode recorrer.

Não menos importante, é essencial desenvolver um plano de negócio sólido e estruturado – sem isto será difícil convencer alguém entre os potenciais investidores  – e avaliar as suas necessidades financeiras.

Onde obter financiamento?

1. Crowdfunding

Uma forma de financiamento colaborativo, o crowdfunding é uma campanha de angariação de fundos feita numa plataforma online (PPL, Kickstarter, GoFundMe, Indiegogo, Crowdfunding, entre outras). O processo é simples: basta registar-se numa das plataformas existentes, definir o objetivo ou meta de financiamento e apresentar a sua ideia de negócio. Neste ponto, convém ser claro, descrever de forma apelativa a sua ideia/projeto – não se esqueça de que é disto que depende a captação de potenciais financiadores. Para terminar explique por que motivo devem apostar no seu negócio e o que podem ganhar com isso (muitas vezes, trata-se de compensações simbólicas).

2. Crédito bancário

Interlocutor privilegiado por excelência, as instituições bancárias são uma boa aposta quando se procura financiamento para um projeto, e potenciais negócios não são exceção. Informe-se não só junto do seu banco e/ou instituição financeira, mas também junto de outras sobre as soluções disponibilizadas. A oferta de financiamento na área do empreendedorismo tem vindo a alargar-se, com condições bastante apelativas.

3. Microcrédito

Destinado a pessoas sem acesso ao sistema financeiro, por falta de rendimentos ou garantias, o microcrédito é um empréstimo de valor mais baixo que pode ser uma boa opção. O financiamento pode chegar aos 25 mil euros – depende da instituição que o concede –, com períodos de reembolso até aos 60 meses, sendo atribuído a desempregados, jovens à procura do primeiro emprego e trabalhadores em regime precário com iniciativas viáveis, entre as quais projetos de trabalho por conta própria. Para aceder ao mesmo, é necessário não haver dívidas ou prestações em atraso registadas no Banco de Portugal.

4. Business angels

Especialmente vantajosos para empreendedores com pouca experiência empresarial prévia, devido não só ao financiamento como mentoring, os business angels “são investidores individuais, normalmente empresários ou diretores de empresas, que investem o seu capital, conhecimentos e experiência em projetos promovidos por empreendedores, que se encontram em início de atividade ou em fases críticas de crescimento. Trata-se de uma entrada no capital das empresas, delimitada no tempo, com o objetivo de valorização a médio prazo, através de alienação posterior das participações a outros interessados”, explica o IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação.

5. Competições e eventos para start-ups

Do Web Summit e ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários ao Hello Tomorrow Global Challenge ou The Next Web, são muitas as competições de start-ups com prémios bastante apelativos e eventos com inúmeras oportunidades de parcerias, uma mais-valia num negócio a estrear-se. Os prémios dividem-se em dinheiro, programas de aceleração, capital de risco, por exemplo.

6. IEFP

O IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional oferece apoio para a Criação do Próprio Emprego a quem se encontre a receber o subsídio de desemprego; e apoio para a Criação de Empresas a pessoas inscritas nos centros de emprego que não estejam a receber subsídios – jovens à procura do primeiro emprego ou trabalhadores independentes (cujo rendimento mensal seja inferior ao salário mínimo).

O crédito ao investimento é feito através de duas linhas de crédito: MICROINVESTE (financiamento até 20 mil euros para investimentos até 20 mil euros) e INVEST+ (financiamento até 100 mil euros para investimentos entre 20 mil e 200 mil euros), beneficiando de garantia, no quadro do sistema de garantia mútua, e de bonificação de taxa

7. Apoios públicos

São vários os mecanismos públicos a que se pode pedir financiamento e apoio para “empresas no início ou desenvolvimento das suas estratégias de negócio”. Entre estes, contam-se:

  • O portal do Portugal 2020 disponibiliza informação sobre as várias candidaturas a fundos da UE. É aconselhável uma consulta regular para ver quais os apoios que lhe possam servir e como se candidatar.
  • O IAPMEI tem vários sistemas de incentivos (SI): o SI Empreendedorismo Qualificado e Criativo, para PME com menos de dois anos; o SI Inovação Produtiva, para qualquer empresa e sob qualquer forma jurídica; o SI Qualificação – projeto individual também para qualquer empresa e sob qualquer forma jurídica; o SI Qualificação – projeto conjunto, para entidades sem fins lucrativos, de natureza associativa e com competências específicas dirigidas às PME. Há ainda outros destinados a “promover as relações entre empresas e instituições científicas e intensificar o esforço de I&D (investigação e desenvolvimento) e de criação de conhecimento”.
  • Promovido pela Câmara Municipal de Lisboa, o Lisboa Empreende + é um programa que visa apoiar o surgimento de novos negócios nesta cidade.
  • Brevemente vão abrir candidaturas para apoios no âmbito da medida Empreende XXI, que inclui apoio financeiro, formação profissional e mentoria, por exemplo, para projetos empresariais de jovens à procura do primeiro emprego e desempregados inscritos no IEFP.
  • Os cidadãos nacionais atualmente fora do país que queiram regressar e abrir o seu próprio negócio podem recorrer à Linha de Crédito Regressar, desenvolvida para apoio ao investimento empresarial e a criação de novos negócios em território nacional.

8. Família e amigos

Amigos, amigos, negócios à parte, costuma dizer-se, mas a verdade é que os amigos, assim como os familiares, ou seja, todos aqueles que nos são mais próximos, são uma boa aposta para obter algum financiamento. Afinal, depois do próprio, são eles os mais investidos em que o negócio corra bem e seja bem-sucedido. Além disso, pode negociar com eles condições mais vantajosas, alguns provavelmente não exigirão sequer juros nem prazo de pagamento muito apertados. Todavia, para evitar comprometer os laços de amizade/familiares, talvez não seja desaconselhável usar uma abordagem profissional: deixar os termos do acordo por escrito, por exemplo, e ser frontal em caso de eventuais contratempos, como necessitar de mais tempo para fazer um pagamento. Deixar tudo por escrito ajuda também a manter um melhor controlo sobre quanto (ainda) deve a quem.

Um dos senãos de pedir dinheiro aos amigos e familiares poderá ser a dificuldade em reunir um grande valor, a não ser que entre os seus contactos haja alguém com grande capacidade financeira – ponderar uma sociedade neste caso poderá revelar-se proveitoso. No entanto, mesmo que a totalidade seja apenas uma percentagem do que precisa, é sempre uma ajuda se, recorrendo a entidade financeira, esta não aprovar o pedido de crédito na sua totalidade.