Reduflação: sabe o que é e como se proteger?
Reduflação: sabe o que é e como se proteger?
Se precisou de comprar papel higiénico mais amiúde ou a embalagem de queijo-creme não deu para fazer a receita habitual, é provável que seja reduflação, que acontece quando os preços de um produto se mantêm, mas a quantidade de produto na embalagem diminui.
Das embalagens de margarina aos pacotes de bolachas, rolos de cozinha e papel higiénico, são cada vez mais frequentes os casos em que “discretamente” a quantidade de produto na embalagem sofre uma redução de tamanho sem que o preço se altere nas prateleiras das superfícies comerciais. Na prática, trata-se de um caso de “ilusão”, a embalagem que antes continha 250 g de um produto agora traz 200 g ou, por exemplo, no caso das caixas de lenços de papel ou rolos de cozinha, o número de folhas diminui – nestas situações, o diâmetro do tubo de cartão no interior aumenta, para que visualmente a aparência do produto se mantenha. Outro exemplo, poderão ser os pacotes de bolachas, que, num processo de reduflação “perdem” cinco ou seis unidades, ou os iogurtes, apresentados em potezinhos de menor volume.
Nalguns casos, não é só a quantidade que diminui, o preço também sobe, o que significa que o consumidor paga significativamente mais pela mesma coisa.
Não sendo ilegal, uma vez que as novas quantidades/unidades têm de estar indicadas, é uma prática que poderá induzir os consumidores em erro, levando-os a comprar os produtos mais caros, sem que, muitas vezes, se apercebam.
Como se proteger
A reduflação é um fenómeno cada vez mais comum, sobretudo em épocas de maior inflação, e pode afetar um vasto leque de produtos, dos produtos de higiene como pastas de dentes a champôs e detergentes para a casa, a alimentos, o que exige um olhar atento antes de chegar à caixa de pagamento.
A forma mais fácil de se proteger é estar atento e habituar-se a consultar a quantidade nominal nas embalagens (geralmente em quilogramas, gramas, litros, centilitros, mililitros ou unidades), bem como as etiquetas dos preços dos produtos e o seu preço por quilo, por litro ou por dose, por exemplo. Esta é, aliás, uma excelente forma de comparar preços e poupar, se for esse o objetivo – o mesmo se aplica às promoções; deverá sempre comparar o preço por quilo, por litro ou por dose/unidade se quiser proteger a carteira e ter a certeza de que está, de facto, a poupar. Se necessário, use uma calculadora, normalmente todos os telemóveis têm uma, tendo assim sempre uma à mão.