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O que diferencia uma casa com classe de eficiência energética A+ das restantes?O que diferencia uma casa com classe de eficiência energética A+ das restantes?

O que diferencia uma casa com classe de eficiência energética A+ das restantes?

O que diferencia uma casa com classe de eficiência energética A+ das restantes?

Certificação energética

Se quiser comprar ou arrendar uma casa necessita saber a eficiência energética do imóvel.

A qualidade de construção das paredes, janelas e o isolamento possuem uma relação direta com o desempenho térmico do edifício. Só nos últimos 10 anos é que se passou a dar uma maior relevância a este aspeto. Uma casa A+ privilegia três aspetos. A qualidade do edifício, equipamentos de reduzido consumo energético e a utilização de energias renováveis.

A entrada em vigor do Sistema de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE) exige que as casas novas e todas aquelas que se encontrem para venda indiquem a classe energética. Um artigo do Negócios mostra que a auditoria energética, por sua vez, só se aplica aos grandes edifícios de serviços, com áreas superiores a 500 ou 1.000 m2, e trata-se de um procedimento de avaliação energética exaustivo. “Nas habitações, o procedimento é simplificado e trata-se de um levantamento dimensional do espaço, com a respectiva análise energética, que determine os níveis de consumo”, explica Jesus Ferreira, da Jesus Ferreira Consultores – Energy Consulting. É a partir deste procedimento que se determina a classe energética do edifício.

Mas em que é que consiste a certificação energética? “Consiste em identificar, qualificar e calcular o desempenho térmico de um edifício, dentro de uma escala de eficiência energética (A+ a G)”, explica Selwin Wever, director de certificação RCCTE da Home Energy.

 

Serve para melhorar a qualidade das edificações, tornando-as mais confortáveis, eficientes e amigas do ambiente. Assim, uma casa que é classificada de G pode ser requalificada e tornar-se numa classe A. “Uma casa G, com reforço de isolamento das coberturas, instalação de aquecimento central com caldeira eficiente, e de água quente solar ou painéis fotovoltaicos, pode passar de G para C”, acrescenta. O processo de certificação é composto por 4 fases: visita ao local para identificação e levantamento dimensional da casa, tratamento da informação, simulação energética em ferramenta informática e produção do certificado. “O custo médio deste serviço é da ordem dos 250 euros, para uma habitação T1 a T3, e de 300 euros, para uma moradia com cerca de 200 metros. Estes valores deverão ser acrescidos da taxa a pagar à ADENE (45 euros) e do valor do IVA”, explica Jesus Ferreira. No sítio da Home Energy também é possível consultar os preços praticados. Já com a taxa ADENE e IVA, os preços variam entre 204 e 454 euros, consoante a área da residência. Um apartamento T2 a T3 pode custar 274 euros e uma moradia de 200m custar 304 euros.

 

“O desperdício de energia nos lares portugueses é devido, essencialmente, às más soluções construtivas, (…) que obrigam a excessos de consumo para aquecimento ou arrefecimento”, comenta Ferreira. O fundador da empresa de certificação energética exemplifica que os portugueses passam muito mais frio nas suas casas do que os suecos, com consumos energéticos que são, eventualmente, equivalentes. Para Ferreira, a produção e armazenamento das águas quentes sanitárias também é uma fonte de desperdício, já que os sistemas tradicionais, regra geral, não têm uma eficiência energética adequada.