Novo ano letivo: como reduzir as despesas escolares
Novo ano letivo: como reduzir as despesas escolares
Com setembro a chegar, é tempo de preparar o regresso às aulas e encontrar formas de reduzir as despesas com material escolar, roupas, calçado e atividades para minimizar o impacto no orçamento familiar.
Da mochila aos lápis, passando pelos livros, roupa, calçado e equipamento para as aulas de Educação Física, as despesas parecem multiplicar-se no mês em que se inicia mais um novo ano letivo. Para muitas famílias, sobretudo com dois ou mais filhos, poupar torna-se essencial.
Avalie o orçamento disponível
Mesmo com o acesso a manuais gratuitos, o início de um novo ano letivo representa sempre gastos adicionais: material escolar, roupas e calçado que já não servem, mas também, em muitos casos, ATL, atividades extracurriculares e despesas acumuladas com férias ou impostos (como o IMI). Facilmente se percebe que equilibrar as finanças não é tarefa fácil, sendo por isso preciso rever as contas e fazer os ajustes necessários ao orçamento familiar.
Faça inventário e lista
Organizar-se é essencial, por isso sugerimos que comece por fazer uma lista do que vai necessitar para cada criança. De seguida, faça um inventário do que tem em casa. Aproveite para ver o que já não serve e que já não é usado (roupa, livros, manuais, brinquedos, etc.) e separe para dar, vender em segunda mão ou deitar fora, dependendo do estado. Compare com a lista anterior para eliminar os artigos que podem ser reutilizados.
Procure fazer isto com alguma antecedência: desta forma vai mais do que a tempo de aproveitar as campanhas promocionais das superfícies comerciais, que habitualmente começam ainda no mês de agosto, prolongando-se até à terceira semana de setembro. Pode consultar e comparar os folhetos com as promoções Regresso às Aulas de diversos estabelecimentos comerciais no site SAPO Promos. Numa fase inicial, compre apenas o essencial e aguarde por indicações da escola e/ou professores sobre os materiais mais específicos. Não menos importante, evite sempre o consumo por impulso.
Algumas lojas permitem a compra de material escolar pagando de forma faseada sem juros. Pode espaçar no tempo o investimento que necessita fazer em setembro. O arranque do ano escolar para os ensinos básico e secundário está agendado entre os dias 11 e 15 de setembro.
Os produtos de marca própria dos supermercados são outra opção a ponderar, dado que a diferença de preços pode ser bastante significativa em alguns casos.
Poupar desde pequenino
É natural que, no que respeita ao material escolar, o seu filho se deixe seduzir por modelos mais caros, especialmente no caso da mochila ou dos ténis. Explique-lhe a situação se o custo for incomportável. Se possível, leve-o a estabelecer um compromisso, compensando a diferença com gastos menores com o restante material ou roupa. Há que incutir a ideia de que, por vezes, é preciso fazer opções, por isso sempre que possível envolva os seus filhos no planeamento e comparação de preços; desta forma incutir-lhes-á o valor da poupança, habituando-os a escolhas responsáveis
Leia também: A literacia financeira começa de pequenino
Livros: recicle-os, reutilize-os
Os alunos do 1.º ao 12.º ano do ensino público e privado com contratos de associação têm direito a manuais escolares gratuitos no ano letivo que está prestes a iniciar-se, uma medida que permite a pais e/ou encarregados de educação pouparem significativamente. A plataforma MEGA já está a disponibilizar vouchers para o efeito.
Os cadernos de fichas e outros livros não são contemplados por esta medida, por isso antes de os encomendar ou de comprar novos, fale com familiares e pessoas próximas para ver se alguém tem alguns dos exemplares pedidos que possa emprestar. Procure também em sites de troca, venda e doação de livros como o https://bookinloop.pt/ (5.º ao 12.º ano) ou o do Movimento pela Reutilização dos Livros Escolares, que divulga bancos de recolha e troca de manuais escolares de norte a sul do país. Veja também no OLX, etc.
Confirmados aqueles que vai precisar, consulte primeiro os sites das editoras, que muitas vezes oferecem descontos nas compras online.
Reutilizar, uma palavra a reter
Amigos e familiares próximos, ou até pais de colegas dos seus filhos com quem tenha confiança, são um bom ponto de partida para fazer circular material escolar ou roupa em bom estado dos filhos. Numa fase da vida em que parece que crianças e jovens não fazem outra coisa senão crescer de dia para dia, há peças de vestuário ou mesmo calçado que são usadas pouquíssimas vezes, estando por isso em boas condições por outra criança.
O mesmo princípio pode aplicar-se a mobiliário, secretárias, mesas de estudo e/ou cadeiras que se tornam pequenas e até mesmo bicicletas, porque não?
Antes de adquirir o que realmente necessitar, pondere a aquisição em 2ª mão, ajudando desta forma a sua carteira e simultaneamente o planeta.
E para evitar que o material fique perdido, o que representará um gasto extra, coloque etiquetas em todos os pertences, seja na mochila e material escolar, ou até mesmo na roupa e calçado.
Apps, uma opção
Por falar em online, descarregar aplicações das lojas onde costuma adquirir material e livros escolares, pode dar-lhe descontos extra. Há muitas lojas com condições ou promoções específicas para compras online e também aplicações que lhe permitem comparar preços e optar pelos mais baixos, caso da KuantoKusta ou Forretas, entre outras.
Lancheira precisa-se
Uma boa forma de reduzir as despesas escolares é investir numa boa lancheira/marmita para que o seu filho possa levar o almoço e alguns snacks de casa. Não só pode sair-lhe significativamente mais barato, como pode assegurar uma alimentação mais saudável.
Atividades extracurriculares, uma opção a avaliar
No que toca a atividades extracurriculares, poderá ter de optar por aquelas que forem estritamente necessárias para conseguir um maior controlo sobre o orçamento familiar.
Fatura sempre!
Na altura de pagar, peça sempre fatura, um hábito que muita gente ainda não adquiriu. Lembre-se que só assim poderá deduzir nas despesas de IRS. As despesas de educação e formação são aplicáveis a qualquer membro do agregado e não apenas aos dependentes (filhos), sendo dedutíveis serviços e bens, isentos do IVA ou tributados à taxa reduzida, mensalidades de creches, jardins-de-infância, lactários, escolas, universidades, estabelecimentos de ensino e outros serviços de educação, manuais e livros escolares, refeições em refeitório escolar e custos de arrendamento com alunos deslocados.
Leia também: Despesas de educação, o que fazer para deduzir o máximo no IRS
Seguro escolar
Para assegurar um percurso académico sem maiores sobressaltos, um seguro de responsabilidade civil e acidentes pessoais com uma cobertura mais abrangente que o seguro escolar obrigatório, é uma boa solução. Proporciona uma maior tranquilidade, ao permitir fazer face a despesas imprevistas, e garante a proteção e o bem-estar dos seus filhos, propícios a verem-se envolvidos em incidentes, como roubo de carteira, mochila, telemóvel ou outros dispositivos, que não são cobertos pelo seguro escolar obrigatório, perdas ou danos materiais a terceiros, quedas e lesões deles resultantes, entre vários outros exemplos.
Em caso de acidente, este seguro pode cobrir ainda apoio escolar ao domicílio, transporte para a escola, fisioterapia, por exemplo, assim como despesas médicas, de enfermagem e hospitalização por acidente.
Esta é uma forma de proteger toda a família perante a possibilidade de danos sofridos e/ou provocados pelos mesmos, reduzindo as despesas perante imprevistos e facilitando os procedimentos.