Um mês sem gastar dinheiro? Sim, é possível. Embarque num No Spend Challenge

Se está a precisar de poupar dinheiro e eventualmente adotar hábitos que lhe permitam uma melhor saúde financeira, este desafio de apenas 30 dias pode ser a solução que procura.

Uma das resoluções de fim de ano mais frequentemente proferidas, conseguir poupar mais ou alterar hábitos para ver as poupanças crescer e viver com maior alívio financeiro, é também uma das que facilmente ficam pelo caminho. E se muito se pode dever aos salários, que, para uma larga faixa das pessoas, não o permite facilmente, a verdade é que muito se deve também às múltiplas tentações a que não resistimos. Do pequeno-almoço no café às plataformas de entrega de refeições, quanto do seu dinheiro não é gasto desnecessariamente, já pensou? Se chega ao final do mês e o orçamento não bate certo, com as despesas a igualar ou mesmo ultrapassar o que se ganha, ou pretende poupar para uma viagem ou tratamento dentário, por exemplo, hoje é um bom dia para começar a não gastar dinheiro.

O porquê

Antes de decidir aceitar este desafio, é importante perguntar-se porquê. Poupar para o fundo de emergência, para uma escapadela por cá ou além-fronteiras ou (re)avaliar os seus hábitos financeiros? Ou reduzir o número de coisas não essenciais em casa, porque não?

A motivação é essencial para se conseguir “manter na linha” ao longo de todo um mês, especialmente num desafio como este que implica várias alterações.

Não gastar dinheiro durante 30 dias: o desafio

Os No Spend Challenges são desafios para não se gastar dinheiro em tudo aquilo que não seja necessário durante um determinado período de tempo, neste caso 30 dias.

O que não é necessário para muitas pessoas pode sê-lo para outras, por isso a primeira parte deste desafio é definir tudo aquilo que é desnecessário para si. Isto começa por uma análise crítica do seu dia a dia e, acima de tudo, das suas despesas. E muito importante, inclua o seu agregado familiar desde o início.

Naturalmente este tipo de desafio não engloba as despesas fixas, chamemos-lhe assim, essenciais para a sua subsistência e que têm mesmo de ser pagas sob pena de comprometerem a sua vida. Inserem-se aqui os gastos com renda, gás, luz e água, comunicações, alimentação e higiene básicas, passe ou combustível, seguros, etc. Mas não necessariamente as despesas com canais premium, refeições fora, snacks no trabalho ou na escola das máquinas de vending, compras online, jogos da sorte ou usar o carro para deslocações de distância curta que poderiam ser feitas facilmente a pé ou em bicicleta, entre outras possibilidades. Cabe a cada um, face aos seus hábitos e necessidades, definir o que é supérfluo.

O café fora pode ser uma necessidade (ou uma concessão), mas, se calhar, o pastel de nata ou croquete a acompanhar já não.

Planeie as compras

Da alimentação aos artigos de higiene e combustível, planeie as compras para os vários dias do desafio. O primeiro passo é passar em revista tudo o que tem na despensa e/ou armários – para saber o que tem de facto – e definir as refeições, por exemplo. Isto permite-lhe usar o que já tem e gastar apenas no que falta. Lembre-se de que frugalidade é a palavra de ordem: não tem de (nem é aconselhável) passar fome, mas não será a melhor altura para adquirir snacks e guloseimas. E quem diz comida diz tudo o resto. No que diz respeito a deslocações, o passe é a opção à partida mais económica, mas se não puder evitar, tente calcular o combustível de que vai necessitar e tente acompanhar a subida e descida dos preços para gastar o menos possível.

Considere as exceções

Antes de iniciar o desafio, olhe para o calendário para saber se tem programas previstos, como aniversários, saídas, Dia da Mãe, etc., e definir eventuais exceções – leia-se gastos –, que não devem ser muitas. “Esqueça” todos os demais programas e mantenha-se fiel às suas decisões.

Informe aqueles mais próximos

Facilita avisar amigos, familiares e colegas, ou seja, aqueles que lhe são mais próximos, que assim podem ajudar a reduzir as tentações, evitando convites para tomar um copo, por exemplo. Simultaneamente, podem encorajá-lo e dar-lhe o apoio necessário para levar o desafio até ao fim. E, quem sabe, podem até juntar-se a si neste desafio.

Reserve o dinheiro que não gasta

Para poder visualizar melhor a sua performance, arranje um frasco e ponha lá dentro o dinheiro que não gasta e vai juntando. Vai surpreender-se com a poupança que consegue realizar.

Registe o seu desempenho

Anote num diário, caderno, spreadsheet, aplicação de smartphone, o seu desempenho em cada dia, o que comprou e não comprou. Parece que não, mas no final terá uma perspetiva muito mais clara dos seus hábitos de consumo e o que pode ou não melhorar.

No final do desafio, pegue nos registos diários avalie todo o processo, o que sentiu e o que sente, o que descobriu sobre os seus hábitos e, talvez mais importante para a sua saúde financeira, reavalie as suas despesas e verifique o que é que pode mudar permanentemente de forma a gastar menos.

#nospendmonth

Por muito que possa parecer, há mais pessoas pelo mundo fora a aceitar este desafio, multiplicando-se as palavras de incentivo e dicas nas redes sociais. Hashtags como #nospend ou #nospendmonth, entre outras, podem revelar-se um aliado precioso. Dê uma espreitadela!