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Dar sangue: uma forma fácil de ajudar a salvar vidasDar sangue: uma forma fácil de ajudar a salvar vidas

Dar sangue: uma forma fácil de ajudar a salvar vidas

Dar sangue: uma forma fácil de ajudar a salvar vidas

Gota a gota, é possível fazer a diferença e restituir a esperança a quem mais precisa. Seguro e indolor (à parte uma ligeira picada), não requer mais do que alguns minutos do seu tempo e as contrapartidas são imensas.

Ter mais de 18 anos, um mínimo de 50 kg de peso e ser saudável é tudo o que precisa para poder dar sangue e ajudar a salvar até três vidas com cada dádiva, segundo o Instituto Português de Sangue e Transplantação (IPST), que adianta ainda serem necessárias mil unidades de sangue diariamente. Que todos podemos precisar: vítimas de acidentes, bebés prematuros, grávidas, pessoas afetadas por doenças do foro sanguíneo ou oncológico, transplantados, crianças, adultos, são inúmeras as situações. Como até agora não se conseguiu criar um substituto para o sangue, cada dádiva é bem-vinda, até porque dela depende a qualidade de vida ou mesmo a vida de muitas pessoas. Basta pensar que há doentes nas listas de transplantes que são ultrapassados porque na altura não há sangue compatível disponível.

De norte a sul do país, o IPST promove colheitas de sangue, atualizadas diariamente no site www.darsangue.pt, onde pode pesquisar informações sobre os locais e os horários das recolhas no território nacional.

 

Como sei se posso dar?

Além de cumprir os requisitos previamente mencionados, para dar sangue é necessário sentir-se bem no dia da dádiva; se se sentir indisposto ou estiver doente, mesmo que só com uma ligeira constipação, há que aguardar até passar. Também não pode estar grávida; só poderá dar sangue seis meses após o parto. Endoscopias e colonoscopias há menos de quatro meses, operações cirúrgicas ou novos parceiros sexuais há menos de seis meses, bem como tratamentos dentários na semana anterior, são igualmente impeditivos. Alguns medicamentos poderão ser também contraindicados, por isso informe o médico que o atenderá. Em caso de dúvida, consulte o Espaço do Dador no site http://ipsangue.org ou ligue.

 

Como se processa?

Tudo o que tem a fazer é dirigir-se a um centro de colheita ou unidade móvel. Aqui, é-lhe entregue um questionário para preencher, sendo depois encaminhado para um médico para uma breve conversa – informe-o sobre a medicação que estiver a fazer – e verificação dos valores de hemoglobina, tensão arterial e frequência cardíaca. Se os valores estiverem nos limites estabelecidos, é feita depois a recolha, após a qual, e depois de um breve descanso, lhe é servido um snack (sanduíche, bolachas, bolo, sumo, café, por exemplo). Nas 24 horas seguintes, deverá manter-se hidratado e evitar esforços intensos.

Antes de ser utilizado, o seu sangue é submetido a várias análises, caso, por exemplo, do vírus da sida, hepatites B e C, leucemia das células T adulto, enzima hepático, etc. Se não houver nada a assinalar, dias depois é-lhe enviado um SMS a confirmar que as análises estão normais, a agradecer a dádiva e a indicar a partir de que data pode fazer a seguinte.

Tenha em atenção que não deve dar sangue em jejum nem estar a fazer a digestão.

 

Direitos do dador

Entre os principais direitos e/ou benefícios do dador de sangue conta-se a confidencialidade dos seus dados, a isenção das taxas moderadoras no acesso à prestação de cuidados de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS), nos termos da legislação em vigor, estacionamento gratuito nos estabelecimentos do SNS, sempre que forem dar sangue. Os dadores têm ainda direito a ausentar-se das suas atividades profissionais pelo período de tempo requerido para a dádiva de sangue.

Celebrado no dia 27 de março, o Dia Nacional do Doador de Sangue serve para homenagear todas as pessoas que voluntária e altruistamente disponibilizam algum do seu tempo para dar sangue e, simultaneamente, chamar a atenção da população para a importância deste gesto.