Reforçar o PPR, sim ou não?
Reforçar o PPR, sim ou não?
Subscreveu um plano de poupança reforma (PPR) e não sabe se deve ou não reforçá-lo? Eis o que deve ter em atenção.
Um plano poupança reforma, ou PPR como é vulgarmente conhecido, é um produto financeiro vocacionado para a poupança a longo prazo, embora a médio prazo seja igualmente uma possibilidade. Subscrever um PPR é uma forma de investir num complemento de reforma, para que, nesta fase da sua vida, consiga uma melhor qualidade de vida ou uma maior disponibilidade financeira para tornar realidade os seus projetos e sonhos. Simultaneamente, ao subscrever um PPR beneficia de juros e tem acesso a benefícios fiscais.
Benefício Fiscal do PPR
Quanto ao benefício fiscal dos PPR, estes permitem deduzir à coleta no IRS 20% dos valores que aplicar anualmente, com alguns limites. Assim:
- Até aos 35 anos, pode deduzir até 400€, correspondentes a um investimento mínimo de 2000€ (pode investir mais, mas não terá maior dedução por isso).
- Dos 35 anos aos 50 anos, pode deduzir até 350€, correspondentes a um investimento mínimo de 1750€.
- Após os 50 anos e até à idade da reforma, pode deduzir até 300€, correspondentes a um investimento mínimo de 1500€. Tal como nos casos anteriores, se investir 1000€ em vez dos 1500€, só poderá deduzir 200€ (20%).
Subscrição do PPR
Para subscrever o seu PPR poderá fazer ou uma entrega de dinheiro única (a totalidade do que pretende subscrever) ou uma entrega inicial e reforços periódicos, que podem ser mensais ou trimestrais, por exemplo.
Pode começar por valores mais baixos e aumentá-los posteriormente, quando tiver maior disponibilidade financeira – o facto de permitir entregas regulares e de quantias pequenas é aliás outra das vantagens dos PPR. É também possível transferir facilmente o Plano Poupança e Reforma que subscreveu para outro produto financeiro que venha a considerar mais vantajoso.
Reforçar o PPR
O reforço de um PPR corresponde a adicionar um valor extra ao que aplicou anteriormente neste produto financeiro. Trata-se de um reforço que pode ser pontual ou, se preferir, regular ou periódico/programado. As principais vantagens, além dos benefícios fiscais, são aumentar a quantia inicialmente aplicada e também o respetivo retorno (mais dinheiro aplicado, maior o valor dos juros correspondentes), ou seja, acaba por aumentar a sua poupança. É sempre positivo.
Vale sempre a pena o reforço do PPR?
Depende dos objetivos de cada um. Em termos de benefícios fiscais, se já atingiu o máximo de dedução à coleta possível, o reforço não lhe trará vantagens e, neste caso, talvez seja melhor aplicar o dinheiro que tem disponível em outros produtos financeiros.
Se o dinheiro que tem disponível não for muito, convém fazer contas, especialmente se as comissões aplicadas forem elevadas. Em caso de dúvida, aconselhe-se sempre com quem sabe.
Quanto à valorização da sua poupança, terá de ter em conta o tipo de PPR subscrito e, eventualmente, também outros produtos financeiros mais rentáveis no mercado que poderão justificar mais um investimento.