Alimentação de verão: cuidados a ter

As altas temperaturas de verão obrigam a alguns cuidados adicionais com a alimentação, que passam não só pela seleção dos alimentos mais adequados mas também pela sua conservação.

Por ser a estação do ano em que o calor mais se faz sentir, o verão implica um risco maior de desidratação e também de intoxicações alimentares. Apesar de as crianças até aos 3 anos e pessoas idosas serem as mais afetadas, são problemas a que todos podemos estar expostos. Prevenir é sempre melhor do que remediar, até porque os sintomas e consequências não são agradáveis.

Água por que te quero

Essencial ao bom funcionamento do organismo, é quando as temperaturas sobem que a água é mais necessária, por isso, faça questão de beber pelo menos oito copos de água por dia ou 1,5 litro, quantidade que poderá ter de ser aumentada com a prática de atividade física ou esforços ao ar livre, por exemplo. Para diversificar o consumo de líquidos, recomenda-se beber chás, infusões e sopas – consumi-los frios pode também ajudar a reduzir o impacto do calor.

Para minimizar o impacto no ambiente, prefira garrafas reutilizáveis.

Os melhores alimentos

Uma das formas de assegurar uma boa hidratação nesta estação do ano é consumir alimentos ricos em água, caso do melão e da melancia, do pepino, dos vegetais de folhas verdes, cebola, tomate, aipo e pêssegos, por exemplo.

Não deixe estragar

#EUChooseSafeFood

Foi para ajudar os cidadãos a pensarem de forma crítica sobre as escolhas alimentares que fazem diariamente e a explicar o papel da ciência na segurança alimentar da União Europeia, que surgiu a campanha #EUChooseSafeFood, que explica questões como as regras dos prazos de validade de um alimento, leitura de rótulos de um produto ou o que pode contaminar os alimentos, e que este ano tem como foco a segurança alimentar.

Trata-se de um tema pertinente, em particular no verão tendo em conta o calor. É um dos principais responsáveis por intoxicações e outros transtornos alimentares durante o verão, devido à deficiente manipulação e conservação dos alimentos. Para garantir a higiene alimentar, evitando sobressaltos e dias de férias estragados, é importante:

Organizar a compra de produtos alimentares. Deixe os alimentos perecíveis como peixe, carne e marisco, fresco ou congelado, para o último momento antes de regressar a casa, para não quebrar a cadeia de frio.
Descongelar os alimentos no frigorífico. Tire-os no dia anterior ou algumas horas antes do congelador diretamente para o frigorífico. Depois de descongelados, não volte a congelar os alimentos a não ser que os cozinhe antes.
Manter o frigorífico organizado. Fruta e legumes devem ser colocados na parte mais baixa do frigorífico, alimentos cozinhados na parte de cima, devidamente tapados, os frescos na parte média. Quando guardados no frigorífico, os ovos devem ser colocados na zona dos frescos e não na porta.
Abrir muitas vezes o frigorífico. Além de fazer perder ar frio, faz aumentar o consumo energético.
Consumir rapidamente molhos e cremes preparados com ovos frescos e crus, como maionese. Por falar em ovos, leve alimentos preparados com ovo para a praia e campo, no caso de piqueniques, por exemplo, apenas se devidamente acondicionados no frio. Consuma rapidamente, desde que não haja alteração de cor e cheiro.
Limpar regularmente o frigorífico. Deverá realizar esta tarefa, pelo menos a cada duas semanas. Use água e detergente, terminando com um pano e vinagre ou lixívia.
Manter os alimentos perecíveis o mínimo de tempo à temperatura ambiente. Guarde-os rapidamente no frigorífico após consumo.
Evitar a contaminação cruzada. Separe os alimentos crus de cozinhados, i.e., não utilize as mesmas tábuas, facas ou outros talheres ou recipientes que tenha usado para alimentos crus para preparar alimentos cozinhados antes de os lavar com água e detergente.
Passar em revista regularmente os alimentos que tem no frigorífico. Passe os alimentos com prazo de validade para a frente para os consumir rapidamente.

Diga não ao desperdício

Mesmo de férias, no país ou além-fronteiras, procurar reduzir o desperdício alimentar é um hábito a não descurar. Convém não esquecer que os alimentos desperdiçados (estima-se que mais de um terço dos alimentos é perdido ou desperdiçado em todo o mundo), além do impacto que têm no planeta, significam dinheiro desperdiçado. Este verão, dê os três primeiros passos:

Compre a granel. Sempre que possível, prefira comprar os alimentos nas quantidades de que precisa, poupando nas embalagens.
Compre alimentos sazonais. Além de mais saborosos e nutritivos, são mais económicos. ‘Espreite’ também os produtos mais feios, vendidos frequentemente também mais em conta.
Use e abuse das apps para redução de desperdício alimentar. A Phenix, por exemplo, promove o combate ao desperdício alimentar através do resgate de cabazes, dando nova vida ao excedente de supermercados, talhos e peixarias, frutarias, padarias, restaurantes, entre outras lojas, a preços mais acessíveis. A Too Good to Go ou a SaveCook são também opções que pode considerar.