Veículos híbridos plug-in, como funcionam e quais as suas vantagens
Veículos híbridos plug-in, como funcionam e quais as suas vantagens
Tal como os veículos híbridos, os híbridos plug-in funcionam com motor a combustão (ICE) e motor elétrico com bateria, que – e aqui a reside a grande diferença – pode também ser carregada por uma fonte externa, i.e., tomada elétrica e não apenas por ICE. Conheça-os melhor.
Também conhecidos como veículos híbridos elétricos plug-in ou PHEV (do inglês plug-in hybrid electric vehicles), trata-se de um tipo de veículo que combina um motor de combustão interna tradicional (ICE – internal combustion engine) com um motor elétrico e uma bateria recarregável.
Em que se diferenciam
Ao contrário dos veículos híbridos convencionais, cujas baterias só podem ser recarregadas através do sistema de regeneração da energia das desacelerações e das travagens ( travagem regenerativa) e do motor de combustão interna, os PHEV podem também ser ligados a uma fonte de energia externa (tomada elétrica) para recarregar a bateria. Isto permite conduzir apenas com energia elétrica durante uma certa distância antes de o motor a combustão entrar em funcionamento.
Por outras palavras, os PHEV funcionam com dois motores: 1) motor elétrico e bateria (em modo apenas elétrico) e 2) motor de combustão interna (modo híbrido).
No modo apenas elétrico, pode funcionar movido exclusivamente a eletricidade, durante várias dezenas de quilómetros. Depois de esgotada a autonomia elétrica, isto é, a carga da bateria, passa automaticamente para modo híbrido, por meio do motor a combustão.
Em ambos os modos, a bateria é recarregada através da chamada travagem regenerativa, durante a qual a energia cinética é captada e convertida novamente em eletricidade. Em termos práticos, e segundo o ACP, “a energia cinética do veículo é canalizada das rodas para o motor” que “passa a funcionar como um gerador de energia. Ou seja, a energia cinética é convertida em elétrica e, posteriormente, armazenada na bateria”. Isto leva ao “aumento da autonomia do veículo, uma vez que as baterias são consistentemente recarregadas durante a marcha” (ainda que não na totalidade)”, frisa a mesma fonte. A recarga da bateria é, por isso, sempre mais eficiente com ligação feita à corrente.
Vantagens
- Poupança nas viagens – Especialmente em deslocações curtas, asseguradas a eletricidade, uma vez que o preço do kWh é inferior ao da gasolina/gasóleo.
Nas viagens mais longas, por outro lado, garantem maior tranquilidade, uma vez que quando a bateria elétrica se esgota, entra em ação o motor movido a gasóleo/gasolina. - Menos emissões de gases efeito estufa. Quando funcionam com energia elétrica, os PHEV produzem zero emissões de escape, reduzindo as emissões globais de gases com efeito de estufa.
- Incentivos fiscais – Os veículos híbridos elétricos plug-in beneficiam de redução do imposto sobre veículos e dedução de IVA, desde que sejam ligeiros de passageiros novos e sem matrícula em Portugal.
Desvantagens
- Custo inicial – O custo inicial dos veículos híbridos elétricos plug-in é tendencialmente mais caro do que os equivalentes convencionais. Face aos veículos 100% elétricos, têm um custo mais elevado de utilização, devido ao preço da gasolina/gasóleo, mas que é no entanto, inferior aos dos veículos de combustão interna.
- Poluição face aos veículos 100% elétricos – Apesar das emissões zero em viagens movidas a eletricidade, quando passam a utilizar o motor de combustão interna, tornam-se também mais poluentes do que os veículos totalmente movidos a eletricidade. Serão, no entanto, menos poluentes do que os veículos de motor de combustão interna.
- Mais peso – Isto deve-se à bateria adicional e aos componentes elétricos, e pode inclusive comprometer a eficiência do veículo, isto se as baterias não forem carregadas regularmente e o veículo se mover maioritariamente com o motor a combustão – as baterias não carregadas funcionam neste caso como peso morto, o que se traduz num maior gasto de combustível.
Comprar ou não comprar?
A decisão depende muito do perfil de condução (ou do condutor). Trata-se sem dúvida de uma boa opção para quem pretende aderir à mobilidade elétrica mas ainda tem questões relacionadas com autonomia, por exemplo, especialmente quem fizer percursos regulares de longa distância. E também para quem faça normalmente percursos de curta distância, pois conseguirá custos de utilização bastante reduzidos – desde que haja o cuidado de carregar a bateria regularmente -, mas queira maior tranquilidade em viagens mais longas ou receie outros imprevistos.
Veículos híbridos plug-in com maior autonomia elétrica
- Lynk & Co 08 – até 245 quilómetros (segundo o ciclo de testes chinês CLTC)
- Volkswagen Passat – até 135 km
- Škoda Superb – até 135 km
- Mercedes-Benz GLC – até 132 km
- Range Rover Sport P460e – até 121 km
- BYD Seal U – até 113 km
- Mercedes-Benz GLE – até 113 km
- BMW X5 – até 112 km
- BMW 530e – até 102 km
- Volkswagen Golf -Hybrid e GTE – até 100 km
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