Eat4Change, a mudança a um prato de distância
Eat4Change, a mudança a um prato de distância
Projeto internacional, coordenado pela Fundo Mundial para a Natureza (WWF) Finlândia e implementado em 12 países, o Eat4Change visa promover a transição para uma dieta sustentável, chave para melhorar a nossa saúde e salvar o planeta.
Revolucionar a alimentação a cada garfada. Esta é a missão do projeto Eat4Change, uma iniciativa de sensibilização financiada pelo programa da Comissão Europeia DEAR, que envolve vários países europeus e não europeus, como, por exemplo, a Argentina e o Brasil. Portugal também aderiu a esta iniciativa lançada em maio de 2020 que terminará em abril do próximo ano (2024), implementada pela ANP (Associação Natureza Portugal) e WWF (Fundo Mundial para a Natureza).
“Nos últimos 50 anos, a produção alimentar causou 70% da perda de biodiversidade em terra e 50% em água doce”, refere a ANP, no seu site. Também “estamos a consumir mais do que o planeta consegue produzir e esse facto põe a nossa saúde e natureza em perigo”, segundo a página do Eat4Change. Daí a necessidade de mudar a forma como consumimos os alimentos.
Apesar da campanha estar dirigida particularmente aos grandes consumidores de proteína de origem animal, na faixa etária dos 15 aos 35 anos, todos nos podemos juntar a este desafio. São ganhos para a saúde, para o planeta e também para a carteira.
A boa notícia é que bastam pequenas mudanças para fazer já uma grande diferença. A chave parece estar numa alimentação o mais variada possível, preferindo alimentos frescos, locais e sazonais, procurando reduzir o consumo de proteína de origem animal, privilegiando alternativas vegetais e, sempre que possível, provenientes de agricultura biológica ou de comércio justo, por exemplo.
Que mudanças posso fazer?
São muitas as mudanças possíveis e acessíveis a cada um de nós. Importa ter consciência de que aquilo que comemos tem impacto no planeta e que está ao nosso alcance mudarmos isso, um pequeno passo de cada vez. Não tem de eliminar a carne toda da alimentação, por exemplo. Pode começar, entre muitas outras hipóteses, por:
- Deixar de comer carne um ou dois dias por semana e nesses dias optar por uma alimentação com base em vegetais (plant-based);
- Aderir ao Veganuary: um mês, que não tem necessariamente de ser janeiro, por ano em que não come alimentos de origem animal;
- Fazer lista de compras para não comprar em excesso;
- Na hora de comprar peixe, escolha as espécies menos ameaçadas e o peixe identificado com o rótulo azul do Marine Stewardship Council;
- Coma mais variado. “75% do fornecimento alimentar global provém apenas de 12 colheitas e cinco espécies animais”, refere o WWF do Reino Unido, que adianta haver “mais de vinte mil espécies de plantas comestíveis em todo o mundo”;
- Prepare uma receita nova plant-based por semana;
- Compre congelado. Ajuda a reduzir o desperdício alimentar – consome-se só o que se precisa e em muitos casos sai mais barato;
- Só comer carne, e de preferência não vermelha, dois ou três dias por semana;
- Passar a ler os rótulos dos alimentos para privilegiar os de origem mais próxima (menor pegada ecológica);
- Durante uma semana/mês ou sempre comprar apenas produtos locais e sazonais (além de mais baratos, menor pegada ecológica, são também mais nutritivos);
Tome nota
No âmbito do Eat4Change foi lançado um Guia de Consumo de Proteína Animal, que pode descarregar.
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