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Ajudar a preservar o ambiente em 10 passosAjudar a preservar o ambiente em 10 passos

Ajudar a preservar o ambiente em 10 passos

Ajudar a preservar o ambiente em 10 passos

São muitos os hábitos, gestos simples, que cada um de nós pode adotar para proteger o planeta e ajudar a combater as alterações climáticas. Juntos podemos fazer uma enorme diferença, a começar já hoje.

Dos 20 anos mais quentes de que se tem registo, 19 tiveram lugar após o ano 2000, indicam dados divulgados no site do Parlamento Europeu. Incêndios, vagas de calor, secas, inundações, perda de biodiversidade, fome, agricultura comprometida, são algumas das consequências que testemunhamos diariamente. A boa notícia é que ainda estamos a tempo de travar este processo, ajudando o preservar o ambiente e os recursos essenciais, mas para isso é preciso que cada um de nós se envolva. Para quantificar o seu impacto ambiental pode calcular a sua pegada ecológica e, passo a passo, podemos vencer esta batalha.

1. Preserve a água. Recurso essencial cada vez mais escasso, é urgente consumi-la de forma consciente. A começar pelos duches de curta duração, em vez de banhos de imersão, fechando a torneira ao ensaboar-se, o que também deve acontecer quando lava os dentes ou faz a barba, por exemplo. Para reduzir o consumo de água na casa de banho, pode também encher uma garrafa de 1,5 l e colocá-la no autoclismo. Usar redutores de caudal é outra possibilidade. No que toca às máquinas de lavar, habitue-se a usá-las apenas na capacidade máxima e, de preferência, sem pré-lavagem. Use a água da lavagem de legumes ou a que corre até sair água quente para rega, por exemplo, que deve ser feita nos períodos mais frescos do dia para não se perder em evaporação. Evite a mangueira para lavagem do carro e opte por balde e esponja.
Não despeje medicamentos na sanita; entregue os que estiverem fora de prazo ou que já não forem necessários nas farmácias.
Não menos importante, prefira garrafas reutilizáveis que pode encher na torneira e usar vezes sem fim, contribuindo para reduzir os milhões de garrafas de plástico que comprometem a vida nos oceanos.

2. Proteja as árvores. Essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas, as árvores libertam oxigénio, fornecem alimento, abrigo e sombra, limpam o ar, protegem contra a erosão dos solos, melhoram a humidade relativa do ar. Para as proteger, nas florestas e outras zonas arborizadas, parques, jardins e/ou zonas de merendas, não fume, não faça fogueiras e não deite lixo para o chão – reúna-o e deite-o nos contentores apropriados (se não tiver um por perto, transporte-o consigo até encontrar um). Não atire nunca beatas acesas pela janela. Se não puder plantar uma árvore, informe-se sobre ações de reflorestação e participe ou contribua. Limite o uso de papel.

3. Reduza o uso do carro. Trocar as deslocações de automóveis movidos por combustíveis fósseis pela chamada mobilidade suave, como bicicletas, e-bikes, trotinetas ou andar mais a pé, é uma das melhores formas de ajudar a reduzir as emissões de CO2 na atmosfera. Os passes mensais para os transportes públicos ficaram mais baratos nos últimos anos. Aproveite-os e deixe mais o carro em casa. Não só poupa o ambiente como melhora as suas finanças. Na hora de trocar de carro, invista num elétrico, também já mais acessíveis; além disso, poderá contar com incentivos fiscais e preços de carregamento muito mais baixos face à gasolina e gasóleo.

4. Compre de forma consciente. Antes de comprar algo, pergunte-se se de facto é mesmo necessário. Faça listas de compras tendo em conta o que tem em casa; isto permite-lhe não comprar repetido, reduzir o desperdício e poupar dinheiro, um três em um bastante vantajoso. Leve os seus próprios sacos reutilizáveis ou embalagens e prefira compras a granel. Opte por produtos mais sustentáveis, com embalagens amigas do ambiente, provenientes de comércio justo e local.
Na hora de comprar peixe, escolha as espécies menos ameaçadas e o peixe identificado com o rótulo azul do Marine Stewardship Council.
Reduza o consumo de carne – sabia que a produção de carne e de animais para abate é responsável por 60% de todos os gases da indústria alimentar que causam o aquecimento global? Pode começar por aderir a movimentos globais como o Meatless Monday (segunda-feira sem carne) ou experimentar o Veganuary (incentiva o consumo de alimentos exclusivamente de origem não animal durante o mês de janeiro, fornece receitas e cardápios, etc.). Na fruta e legumes, a compra dos produtos de época e locais assegura-lhe refeições mais saborosas e nutritivas, mas também mais baratas. A proximidade produtor-consumidor significa ainda menos emissões de CO2.

5. Não compre animais exóticos sem certificado CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção, também conhecida como Convenção de Washington), que assegura que o comércio do animal ou planta em questão não compromete a sua sobrevivência no estado selvagem. Estão contempladas espécies em perigo de extinção, cujo comércio deve ser controlado ou cujo volume de importações justifique uma vigilância, por exemplo (consideram-se espécimes, animais e plantas, vivos ou mortos, suas partes, derivados e produtos, incluindo produtos que os contêm). Não pesque ou cace em áreas de reprodução, obedeça às quantidades e datas permitidas.
Não apoie o turismo animal. As atrações turísticas que envolvem fotos com os tigres ou ursos, as tartarugas ou os lémures nos quais se pode pegar, andar de elefante ou de burro ou mesmo de charrete puxada por cavalos são exemplos de atividades cujo interesse não reside normalmente no bem-estar dos animais. Prefira conhecer e apoiar santuários.

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6. Reutilize. Procure usar o que tem em casa o máximo que puder, trocando por versões mais amigas do ambiente (no caso dos recipientes e embalagens, por exemplo, quando deixarem de ser viáveis). Reaproveite os frascos de vidros para armazenar os alimentos, etc., e evite os objetos de utilização única, como embalagens plastificadas, de takeaway, talheres e copos descartáveis. Compre em segunda mão: de roupa a gadgets a oferta é muita, por isso aproveite, sobretudo no caso das crianças que crescem depressa e rapidamente deixam de usar ou brincar com as coisas, mas também mobiliário, por exemplo, frequentemente em perfeitas condições. Não deite fora artigos em boas condições; se não os quiser, doe-os.

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7. Recicle. Separar o lixo e os resíduos domésticos e colocá-los no contentor mais indicado é um hábito definitivamente a adotar. Desta forma garantimos menos plástico acumulado nos oceanos e menos animais feridos e mortos como consequência. E também menos contaminação dos solos e das águas residuais, fruto das pilhas e outros metais pesados ou mesmo do óleo alimentar usado (que, além de poluir as águas, estraga os canos). A redução da quantidade de lixo permite também poupar recursos naturais e energia.

8. Repare. Antes de deitar fora algo que se estragou em casa, pondere a sua reparação, algo que muitas vezes compensa económica e ambientalmente. Prolongar a vida útil dos artigos poupa o planeta e a sua carteira agradece.

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9. Reduza o consumo de energia elétrica. Invista na instalação de painéis solares, habitue-se a desligar todos os aparelhos elétricos sempre que não estiver a usá-los e apague a luz quando sair de uma divisão. Prefira lâmpadas economizadoras, de preferência LED. Compre eletrodomésticos e outros equipamentos de classe energética A. Isole as janelas e/ou ponha vidros duplos, evite a utilização do ar condicionado, assim como abrir muitas vezes o frigorífico. Aproveite ainda ao máximo a luz natural.

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10. Na hora de preparar as refeições. Evite utilizar o micro-ondas para descongelar – retire os produtos congelados de manhã ou de véspera e deixe-os descongelar no frigorífico. Tape os tachos – aquece mais depressa e preserva o calor. Se tiver plantas em casa, aproveite os resíduos orgânicos para fazer compostagem. Para poupar na alimentação e reduzir o desperdício, pode também descarregar a aplicação Too Good to Go, por exemplo, e conseguir alimentos por preço mais acessível.

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